Onze anos depois, as imagens
continuam nítidas como se fossem hoje. Estava assistindo a Globo News, quando a
CNN começou a transmitir as imagens de terror, o segundo avião ainda não tinha
atingido a segunda torre. Vi, ao vivo, petrificada, parecia um filme, aquelas
pessoas todas correndo, gritando, a fumaça e poeira invadindo as ruas e
cobrindo tudo e todos.
Eram só imagens, ninguém sabia do
que se tratava, do que estava acontecendo.
De repente, uma figura conhecida.
Um jornalista do Correio Braziliense aparece correndo na rua sob a poeira e
falando do acontecimento, a dor aumenta, a angústia que jamais será esquecida.
Pensei: meu Deus, uma pessoa conhecida! Aquele repórter estava passando naquele
momento num acaso, não estava a trabalho. Mas nunca esqueci que ninguém falou
nisso ou naquele profissional que deu as primeiras notícias que o mundo de
Língua Portuguesa queria ouvir, dois aviões tinham se lançado sobre as torres
gêmeas.
Queria que os meios de
comunicação o encontrassem, para registrar suas emoções.
Ele foi o furo da notícia
mundial, parece que nem o Brasil percebeu, somente eu.
A terceira guerra (que ainda não
acabou) começou ali, diante de nossos olhos e uma das testemunhas oculares era
conhecida, daqui de Brasília.
Na dolorida e inesquecível imagem
das torres desmoronando, o fim de tantos sonhos.
Não sei quantas horas fiquei
paralisada em frente à TV, acho que o mundo sentiu-se impotente, é, acho que é
a palavra certa para tragédias como essa.
Bsb, 11/setembro/2012
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