Eles não sabiam, nem sonhavam que
um pequeno frutinho iria ser protagonista de uma terna história de sua
adolescência. Eram amigos de trabalho,
já se conheciam há mais de um ano e tinham o convívio normal de qualquer
colega, amistoso, alegre e respeitoso.
Uma tarde, coincidiu de ambos
irem tomar café no mesmo horário na pequena copa para os funcionários. Estavam felizes e tinham uma conversa
animada. O rapaz entrou no recinto com
alguns amendoins e foi colocando na boca – sem oferecer à colega -. A moça
quase gritou: eu quero! Tarde demais, ele já tinha colocado na boca, mas ainda
não tinha mordido.
Assustado e sentindo-se culpado
por não ter oferecido antes, o belo mancebo deixou um fruto nos lábios
entreabertos e, muito afoito, disse: pegue!
Ela não titubeou e embarcou na brincadeira e pegou o amendoim; mas aí
ele a beijou e ela correspondeu. A “química” bateu...., ficaram meio sem graça
pelo acontecido, mas era tarde, o negócio foi ficando roxo e passaram a
namorar. Na verdade, não era um namoro tradicional da época, era uma perfeita
sintonia de jovens que se deram ao direito de ter momentos deliciosos, muito
felizes e que duraram o suficiente pra eternizar-se.
A culpa do início foi do
amendoim. A culpa do fim, foi a Conceição....eu me lembro muito bem.
Natal-RN, 1968
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