domingo, 23 de setembro de 2012

O AMOR DE MARIA



Estive a pensar durante dias e dias em como descrever o amor de Maria. Maria é a minha mãe. Maria Bezerra, Maria de Tonheca, Maria filha de Regina, Maria mãe de doze, que apóstolos não somos. Maria, esta Maria a quem me refiro, é um mistério. Um lindo mistério, uma história de árduo trabalho, de determinação, de incansável objetivo: o amor.
O amor revelado nas tarefas rotineiras, no vai e vem em busca de resultados, de perfeição, de qualidade nos serviços executados, nas sementes plantadas, fossem no jardim ou em nossa alma. O amor traduzido em obstinação, aquela que cansa (os outros), que irrita (os outros), que culmina na anulação até mesmo física – quando sobrevêm as doenças, como é o seu caso – deixando-se ficar em dependência dos outros, até então seus protegidos. Protegidos pelo seu imenso amor, pela sua guarda valiosa, como precioso tesouro.
O amor de Maria é algo inenarrável, compreensível pelos olhos de quem tem amor no coração pra enxergar a sua grandiosidade. A pequena mas tão grande Maria que olha e é como se quisesse dizer: você é e será sempre meu grande amor. Por você me fiz, eu sou e serei eternamente. Quanta mensagem contém este maravilhoso olhar.
E me lembro agora da frase recente do meu pai ao dizer a Maria: “Faz 70 anos que você acaricia minha mão. Ainda não cansou? E Maria responde simples, direta e amorosamente: Não, porque você é o meu amor.” Dá pra alcançar ou quantificar este amor?
Não, não dá! Talvez se quiséssemos entender melhor, poderia dizer: o amor de Maria é como o amor de Deus: nunca acaba, está sempre perto, sempre pronto como um valioso soldado consciente de suas funções e certo de que está ali pra defender sua pátria.
No caso de Maria, sua família, seu grande e eterno amor: Tonheca. Tonheca de Maria.

Por Mércia Dantas, filha de Maria, em Natal-RN, 05 de janeiro de 2008.

Senhor, obrigada por perceber este valioso amor e pela honra de ter nascido desta Maria e reconhecer que, muito longe, por mais que tentemos ou queiramos, jamais chegaremos perto desta grande Maria, que é única, jamais será copiada, jamais será substituída, porque não existe igual. Obrigada Senhor por ter nascido de colo tão amoroso. Obrigada meu Pai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário