terça-feira, 9 de outubro de 2012

INVERNOS




Quantos já se passaram!
Em que dia, hora e lugar nos deixamos?
A chuva que cai traz o barulho
dos pingos fazendo música no chão;
seu ritmo próprio, encadeado,
quebrado pelo rugir do trovão.
O poema de amor rasgado, jogado fora.
A enxurrada levou pra algum esgoto da vida.
Eram meus sentimentos, puros sentimentos...
Não faz mal, outros virão...
Outros invernos, também!
Assim como o sol, de novo virá.
Amanhã e amanhã e num outro amanhã,
dourando a lânguida paisagem cinza,
aquecendo esse invernal tormento.

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